Doce do século XIX ressurge em Mato Grosso como uma gostosa novidade.

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 Flores de Coco.
"Todo mundo sabe que os bem-casados são tradicionais nas recepções de casamentos e que não há quem não os espere ao final da festa." Porém esta gastróloga propõe uma inovação: surpreender seus convidados com um quitute oferecido no séc XIX por famílias mais abastadas durante as festas e jantares importantes. 
 
 
 
 
Helaine Magalhães nasceu em São José dos Quatro Marcos há
308 km de Cuiabá, casada com cuiabano Jorge Barros vieram
para Chapada dos Guimarães e abriram o fantástico Café na Praça
em  2015 a partir de seu gosto em produzir gostosuras. 
 
 
 
A experiencia com o Café a impulsionou à cursar Gastronomia na Univag. Durante o curso vendeu sua empresa na Praça Dom Wunibaldo e se dedicou à sua formação profissional.  
 
Na faculdade conheceu diversas técnicas, culinárias internacionais e brasileiras por fim escolhe para sua especialidade voltar às suas  memórias familiares: 
os doces antigos. 
Assim começa sua pesquisa para adquirir esse conhecimento e descobrir a história dos doces no Brasil. 
 
 
 
Durante este período de levantamento sobre doces brasileiros Helaine foi até a famosa doceira Adriana Lira que a incentivou visitar a cidade de Goiás Velho há 141 km de Goiânia, famoso reduto da doçaria antiga do Brasil.  
"Passei dez dias andando pelas ruas sem conhecer ninguém, mas com uma lista de doceiras. Ela me passou alguns nomes, algumas dicas, falou para eu ir sem pressa, passear pela cidade. E eu fui pra esquecer o que eu era". 
 
Na cidade goiana se hospedou na casa de uma professora e a partir desse encontro conversou com artistas plásticos, pesquisadores e moradores antigos da cidade, até conhecer Thaline Velasco com quem aprendeu a receita de flores de coco com a avó chamada Alice Velasco; uma senhora de 90 anos que em cerca de 6 décadas moldou muitas destas flores.  
Uma outra pessoa fundamental foi o Doutor Professor Rafael Lino Rosa especialista em História da Gastronomia que forneceu informações preciosas de quem além de dominar a teoria como cozinheiro constata na prática a relação entre o contemporâneo e a tradição no universo da doçaria brasileira.
 
Ao retornar para Cuiabá, finaliza sua graduação em 2017 e o resultado de sua pesquisa realizada em Goias foi apresentado em uma feira do empreendedor.
 
 
 
 
 
As Flores de Coco ganharam assim o prêmio de Produto Inovação além de conquistar diversos clientes imediatos.
Desde então Helaine Magalhães deixou saudades aqui em Chapada dos Guimarães mas se afirma a cada dia como doceira e gastróloga conquistando o mundo com suas flores!
 
 
 
 
Diariamente com sua assistente, Helaine produz cem unidades/dia. Este trabalho requer 2 minutos e meio somente para tecer cada Flor de Coco, sem contar o tempo de preparação do coco para confecção das fitas num total de 40 minutos. Além do tempo necessário na preparação da calda que lentamente alcança o ponto certo sem o acréscimo de muito açúcar. À cada rosa uma dedicação especial seguindo o mesmo padrão de qualidade. 
 
 
"Ela é trabalhosa, então é pra quem tem um propósito de trabalhar com sossego. É artesanal, a proposta é essa mesmo", complementa.  Suas flores são feitas com coco, açúcar e corante natural.

Concomitante à sua Doceria, Helaine desenvolve como aluna especial seu mestrado em História na Universidade Federal de Mato Grosso e novos projetos. 
"Na cozinha, a ';alquimia'; nos sugere transmutações apaixonantes o tempo todo. O ';saber fazer';, ou seja passado documental ou oralmente através das gerações, mantém a ';alquimia'; como sendo a alma da cozinha" - finaliza esta alquimista apaixonada por História Brasileira.


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Helaine e suas flores de coco (Foto: Olhar Conceito)