Em Cuiabá Oficina de Jornalismo e Div. Científica - UFMT e à noite serra acima abertura do IX 'Telescópio na Chapada' de 29 de junho até 2 de julho .

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"O que você sente, quando olha para o céu noturno, com lua crescente e estrelas brilhando sobre a sua cabeça? Se os seus olhos não brilham, seu coração não palpita, sua pele não se arrepia, seus lábios não sorriem, você não vai entender a sensação de uma noite de céu límpido na Chapada dos Guimarães.

Em 2014 Roger Bonsaver visitou pela primeira vez a cidade e gostou muito da paisagem, mas o que mais o impressionou foi o céu chapadense. Como diretor do Observatório Astronômico - Diadema logo percebeu que esta região merecia um encontro com telescópios e amigos astrônomos amadores. No mesmo ano promoveu este primeiro evento com Sydney de Cuiabá e Vandson de Rondonopólis que durante três noites observaram as estrelas.

Nascia assim o Telescópios na Chapada que em 2019 completa sua nona edição.

Mas, olhar para o céu e não entender o que estão vendo, não  satisfaz esse grupo então nestes dias além das observações gratuitas acontece muitas trocas de informação sobre os corpos celestes. E em edições passadas foram convidados astrofotógrafos renomados para palestras. Foi assim que o Rafael Compassi e o Avaní Soares, ambos do Rio Grande do Sul, vieram pela primeira vez à Chapada, no evento de Janeiro de 2018, para compartilhar seu conhecimento.

O grupo de astrônomos de paixão durante estes anos já presenciaram planetas, chuvas de meteoros, cometas, satélites enfim, um verdadeiro banquete astronômico e agora em julho o festival celeste contará com um eclipse!

'Olhar pela ocular de um telescópio e visualizar com clareza os anéis de Saturno, as luas de Júpiter, a nebulosa de Órion, essas coisas têm um valor inestimável para nós.' - comenta Roger.

Entendendo Eclipse

Eclipses solares são fenômenos relativamente comuns, mas dificilmente temos a oportunidade de presenciar dois eclipses com características iguais. Isso ocorre porque tanto a Terra possui órbita elíptica em torno do Sol, como a órbita da lua ao redor da Terra também é elíptica.

Da mesma forma, os planos das órbitas terrestre e lunar, são inclinados, o que quase impossibilita que dois eclipses ocorram com exatamente as mesmas configurações. Mas basicamente, podemos relacionar 4 tipos diferentes de eclipse solar:

Eclipse solar total: quando toda a luz do sol é ocultada pela Lua.

Eclipse solar parcial: quando apenas parte da luminosidade solar é ocultada pelo disco lunar.

Eclipse anelar: quando o tamanho da Lua não é o suficiente para encobrir toda a área do sol, formando um 'anel' em torno do satélite natural da Terra.

Eclipse híbrido: quando o eclipse é total em alguns pontos de visão e anelar em outros, em virtude do grau de inclinação da órbita lunar e dependendo da localização do observador.

 

A boa notícia, é que o eclipse de 02/07/2019 será visível em grande parte do Brasil.

A má notícia, é que não teremos eclipse total por aqui. Apenas parcial.

 

Confiram os horários do Eclipse Solar de 2 de julho de 2019 para as capitais dos estados da região centro-oeste do Brasil:

Início: 16:01 hs e Máximo.: 16:55 hs (hora local) Azimute: 296

 

 *ATENÇÃO:

Nunca olhe diretamente para o sol, sem a proteção adequada. Você pode sofrer queimaduras irreparáveis nas retinas e até perder a visão permanentemente.

Óculos escuros, filmes fotográficos, máscaras de soldador amenizam os efeitos da radiação solar, mas não protegem completamente. Apenas filtros solares específicos, utilizados por astrônomos, são indicados para esses casos.

    

*Evento gratuito de observação do eclipse com telescópios especiais na Chapada dos Guimarães. Todos estão convidados.

Além do evento na Chapada Aventura os aficionados por ciências poderão presenciar a oficina na UFMT promovida pela RedeComCiência sobre Jornalismo e Divulgação Científica.

Com o objetivo de ampliar o debate sobre Divulgação Científica e Jornalismo Científico, será realizada, no dia 29 de junho, a Oficina RedeComCiência de Jornalismo e Divulgação Científica. O evento, organizado pela Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) em parceria com o Instituto de Física (IF) e a Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência (RedeComCiência), promoverá trocas de experiências entre divulgadores científicos de diferentes áreas e jornalistas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

A programação contará com uma mesa temática, seguida de uma atividade prática a ser desenvolvida durante o evento com observação em dois telescópios solares. Participarão da oficina José de Moura Leite Netto, vice-presidente da RedeComCiência; Meghie Rodrigues, jornalista que trabalha há quase uma década na área de divulgação científica; Roger Bonsaver, divulgador científico da área de Astronomia; Benedito Dielcio Moreira, professor do Programa de Pós-graduação em Cultura Contemporânea da UFMT; e Mariângela Sólla López, Professora do Departamento de Comunicação da UFMT.

A partir da participação de membros da RedeComCiência, serão apresentadas iniciativas de divulgação científica e de abordagem do método científico como um aliado na produção jornalística, não restringindo-se à cobertura de ciência e tecnologia. Para Meghie Rodrigues, a participação dos estudantes, ainda que não pretendam seguir a área, é de extrema importância. 'A lógica do método científico é uma ferramenta muito útil na resolução de problemas e pode ser uma ótima aliada, seja na cobertura de política, economia, entre outras áreas. Além disso, espero que esse encontro proporcione uma troca interessante, tanto entre nós que vamos compor a mesa quanto entre os estudantes, para que a gente possa ter uma noção sobre a realidade de vocês de Mato Grosso', afirma.

A oficina, organizada pelas professoras Tamires Ferreira Coelho (FCA) e Érica de Mello Silva, marca também o início das atividades da RedeComCiência em Mato Grosso. 'Estamos em um momento em que falar sobre ciência e divulgação científica é urgente no contexto brasileiro. Precisamos fazer com que o conhecimento científico seja mais acessível, que a comunidade se interesse por isso e que o impacto dos projetos de pesquisa e extensão da universidade sejam visibilizados', ressalta Coelho.

A oficina será das 8 hs às 12 hs, no Auditório da Secretaria de Tecnologia Educacional (Setec).

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/2xramT2CMyoivEhA9

 

Roger Bonsaver orientando a observação em telescópio em São Paulo.

 

Em seguida, todos estão convidados para subir o planalto à Chapada dos Guimarães para observar céu serra acima e aguardar o eclipse de terça-feira.

IX edição de Telescópio na Chapada abertura 29 de junho às 15 hs com visitações gratuitas até 2 de julho às 19 hs no Chapada Aventura no bairro Bom Clima- Chapada dos Guimarães.

 

Régulus, Júpiter, Vênus e lua formando um segundo Falso Cruzeiro, ou Cruzeiro do Oeste.
A foto foi feita por Sydney Junior em Chapada dos Guimarães - 2016.

Alexandre Bräutigam

 

Ariel Adorno

 

FO Menezes

 

David Albuquerque

 

FO Menezes

 

Imagem a 4 mãos, por Avaní Soares e Cleber Sato

 

Rafael Compassi