O 'Reencontro Chapada das Artes' é uma exposição coletiva de nove artistas plásticos que atuam em Mato Grosso: Clovis Hirigaray, Angela Goldinho, Creuza Maria, Eliana Mux, Fabricia Campello, Meg Marinho, Nivea Castro, Renato Campello e Suelly Reindel.
A coletiva diversificada que vai do Primitivismo ao Contemporâneo traduz vivências artísticas e a sua imensa diversidade de técnicas.
Os nove artistas plásticos
Desde menina, Angela Goldinho desenvolve a arte contemporânea. É uma apaixonada pela arte. Segundo a artista 'a arte pode levar o ser humano a sensibilizar a cultura no mundo, dando uma significa çã o maior. Minha arte é com prazer e amor. Uso tecnicas diversificadas, de efeito com muito fundo abstrato, muitas flores e alegria da natureza'.
Clovis H. Irigaray segundo o livro C. Irigaray Arte - Memória - Corpo, suas obras transpõe quaisquer limites. Um instrumento de compreensãoão situado no espaço e no tempo. Clovito como é conhecido em Cuiabá é um dos artistas que mais representa o que chamaríamos da gênese da pintura moderna em nosso Estado. Irigaray não toma pintura como forma da reprodução do real, mas como o resultante de uma elaboração imaginária.
Creuza Maria começou abraçando o estilo clássico acadêmico aderindo ao impressionismo e expressionismo com suas formas não figurativas, mostrando situações naturais de paisagens urbanas, casarios e arte sacras. Segundo Creuza 'a pintura é um dom de Deus que com suas pinceladas, o artista através da observação profunda, forma sua própria obra.'
Eliana Mux artista plástica e arte educadora, busca o realismo, retratando paisagens de beleza incomparável do Estado de Mato Grosso, sua cultura e etnia usando as técnicas a óleo, acrílica e aquarela. Suas telas nesta exposição mostram a exuberância do município de Chapada dos Guimarães.
Fabrícia Campello a artista plástica trabalha com o figurativismo, tendo a figura humana e os animais como fonte de inspiração, com a busca de uma linguagem poética de interpretação dos elementos naturais, sempre tendo no olhar feminino a base para interpretação do sentido desses elementos. Utiliza uma técnica diversificada, óleo, acrílica, aquarela, xilogravura entre outros.
Meg Marinho seu talento para a pintura vem desde os 12 anos de idade, porém, a artista plástica voltou a pintar profissionalmente a partir de 2012. Sua obra passeia entre o surrealismo, concentrando-se no espiritualismo e a psicanálise Freudiana, criando uma arte automática, buscando do inconsciente, sem modelar a razão por julgamentos estéticos. Sua técnica é diversificada. Acrílica sobre tela, giz de cera, lápis aquarelável, guache e giz pastel, aquarela sobre tela e papel. Quando perguntamos a Meg como ela define a sua arte, ela simplesmente respondeu 'eu pinto sentimentos'.
Nívea Castro desenha desde os 5 anos de idade. Ela conta que quando criança pegava os esmaltes da sua mãe e os transformava em pinceis. Considera esse fato a sua iniciação na arte. Sua obra é um mix do Figurativo e do Surrealismo com traços no Cotidiano, usando acrílica, aquarela e giz pastel. Nivea Castro tem o hábito de pintar com rapidez, sem perder a percepção dos detalhes do contexto da obra. Segundo a artista 'a arte é a possibilidade do experimento. Não me prendo a técnicas. Minha obra é sempre um desabafo '.
Renato Campello, Artista dedicado a pintura a campo. Sua inspiração vem da luz natural e da diversidade de cores e formas que variam muito de uma região para outra no país. Porém, sempre atento as novidades no contexto mundial da paisagem como obra de arte. Renato Campello consegue criar uma linguagem própria de expressão da paisagem brasileira ao procurar uma vivência no dia a dia. Segundo Urigaray 'a arte de Campello coloca cores nos espaços vazios'.
Suely Reindel é artista plástica impulsionada pela admiração da natureza da Chapada, ela tenta recuperar o contato dos olhos com o mundo inabitual, mesclando o real com o surrealismo. Nas suas obras costuma colocar a beleza e leveza das borboletas.
A Exposição 'Reencontro na Cidade das Artes' é uma realização e curadoria da Doutora em Avaliação e Risco Ambiental, Cultural e Saúde Val Eve, brasileira de dupla nacionalidade inglesa e que por 30 anos atua no mercado das artes plásticas.
Este evento, ela conta com o apoio institucional Rotary Clube de Cuiabá e da parceria da Casa de Arteira por meio da artista plástica Meg Marinho.
'Artes sempre foram meus interesses, em particular. E, conseguir conciliar meu trabalho com as ações sociais que realizo junto ao Rotary é um grande orgulho. Portanto convido a todos que estiverem na Chapada neste sábado dê uma passadinha e venha conferir o trabalho desses artistas. Teremos também muita música e um bar com bebidas e comidinhas', ressalta Eve.
Nesta noite os convidados terão a apresentação de um sarau no jardim da casa com os músicos Beto Bernardes, Ronaldo Neves, Eliton Gonçalves e Glauber Rafael.
As obras expostas estarão a venda ao publico e 5% serão destinadas a compra de materiais para utilização no Projeto de Inclusão Social Através da Arte, aplicado às crianças carentes de 7 a 11 anos moradores do bairro São Sebastião em Chapada.
Reencontro Chapada das Artes -
Dia 24 de Novembro das 16 hs às 22 hs
Local: Rua B casa 11 - centro (seguir pela rua do Santos Bar, sentido Cohab até o final do asfalto, vire à esquerda, segunda casa - branca). Chapada dos Guimarães - MT
Entrada: Gratuita
Informações: (65) 99671-6694 - Val Eve.
Sobre o Projeto de Inclusão Social Através da ArteProjeto de Inclusão Social Através da Arte por Meg Marinho - Casa de Arteira
'Todo artista molha o pincel na sua própria alma, e pinta a sua própria essência nos seus quadros' (Henry Ward Beecher, 1863)
São dois anos que venho me dedicando a projetos de inclusão social através da arte. A Casa de Arteira quer dar continuidade a esse trabalho, de levar a arte as crianças das comunidades menos favorecidas do município de Chapada dos Guimarães. O desafio é resgatar e transformar vidas, descobrir e formar novos talentos. Como mãe e artista plástica, tenho a esperança de não ver mais nenhuma criança exposta aos infortúnios sociais. O meu trabalho inicia com técnicas de pintura, evoluindo para o estudo da história da arte para então iniciarmos um trabalho individual. A arte produzida pelas crianças do projeto será apresentada nas escolas bem como exposições com o intuito de estimular a formação de outros grupos com a mesma finalidade envolvendo outros artistas. Este projeto sera desenvolvido em escolas de ensino público que atendem as comunidades de São Sebastião, São Benedito, Olho d'Agua e Sol Nascente.