Festa Tradicional da família de Seu Cassiano e Dona Lídia neste fim de semana. Séculos de alegria e bençãos!

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Festa de São Benedito remonta aos primeiros anos da formação da capital de Mato Grosso como um dos santos mais festejados. Definir a data exata em que a festa em homenagem ao santo negro começou é difícil. Há relatos que remontam aos primeiros anos de fundação da capital, Cuiabá quando a força da Igreja estava nos fiéis, e não no clero. Por isso, muitas das festividades religiosas estavam sob responsabilidade das irmandades e outras organizações de civis. Com o passar dos anos a devoção ao santo negro cresceu tanto, que as festas em sua homenagem se transformaram no maior evento religioso do Centro-Oeste brasileiro.

Fora da capital a homenagem à São Benedito na família de Seu Cassiano e Dona Lídia perdura há 200 anos aqui em Chapada dos Guimarães.

Com o apoio de sua filha Marcina ouvimos o relato do casal relembrando as origens desta festa que será realizada mais uma vez neste fim de semana.

Tradição mais bonita que resiste em Chapada são as festas dedicadas aos Santos. Se hoje os mais novos ainda se alegram nestas festas, alguns nem imaginam como eram feitos os preparativos antigamente - uma época sem tecnologias modernas.


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A festa teve sua origem com uma 'reza de promessa' pelo avô do sr. Cassiano Nunes da Silva que foi atendida a contento por São Bendito. Seu avô também era devoto de Santo Antonio e Nossa Senhora Aparecida e animados com as graças alcançadas iniciaram as festas todo ano em homenagem aos três santos para garantir as bençãos que colhem até hoje com muita alegria.

Antigamente os preparativos da festa começavam muito tempo antes por que tudo praticamente tudo tinha que ser preparado. Local onde moravam era cercado de areia com tudo por se fazer.

 

 

 


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Desde a construção do giral de pau pra acolher as pessoas, à confecção das panelas, pratos e cumbucas de barro, gamelas de madeira pra temperar as carnes sem contar com tempo antes que se dedicavam à engorda da vaca, do porco para fabricar latões de banha e assim servir porco frito, bolo de carne - moída no facão, socavam arroz e a farinha no pilão para colocar em sacas, e para o preparo de todas as refeições pegavam água no rio sempre em duas pessoas para por fim cozinhar no fogão construído a lenha e no chão.


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Tudo isso para preparar grandes refeições para muitos convidados que vinham de toda parte e de bem longe. Não importava se o dia da Festa caísse durante semana ou não o festejo e sua a alegria eram certos. No cardápio tinha também Bolo de arroz que era servido bem cedo com chá de mate colhido nas redondezas dias antes para secar e ficar no jeito. Até couro de vaca a disposição pro povo deitar quando o cansaço chegava os festeiros tinham à sua disposição!


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A felicidade antigamente era juntar as pessoas num mutirão na realização da festa desde os músicos que arranjavam sanfona e vinham tocar de graça, o toque da bruaca para chamar a atenção. E todos chegavam a pé isto por que eram poucas as pessoas que tinham cavalo. Iam chegando e animando a festa com os bailes e com danças de Cururu e Siriri e rezas por dias. 

Atualmente a festa de Seu Cassiano e Dona Lídia conta com apoio de Marcelina Nunes sua filha e toda família e amigos garantindo uma tradição de séculos que será revivida neste fim de semana em sua residência no sitio Três Irmãs Mamede Roder no dia 24 de agosto às 19 hs jantar, às 20:30 hs Reza e às 22:30 hs  baile com Os Inocentes até o sol raiar no dia 25 de agosto que começa com Café da manhã às 07 hs, às 11 hs Almoço, às 19 hs Jantar, às 20:30 hs Reza e finalizando os festejos Baile às 22:30 hs.

Parabéns e felicidades à toda família Nunes e amigos!

Vamos valorizar a História de Chapada dos Guimarães!